Pra começar, Presidente Vargas nunca teve tradição em basquete. Nem time, nem campeonato – sequer um rachão entre amigos. Nem naquelas partidas imaginárias que a gente jogava na infância batendo bola na parede. Mas, pelo visto, agora a cidade vai virar a capital maranhense do basquete, porque, convenhamos, com tantas bolas, vai dar pra criar um “time” em cada esquina.
E os troféus? Ah, esses merecem um destaque especial. Nunca houve, na história de Presidente Vargas, nenhum evento esportivo de tamanha magnitude que justificasse tanta premiação. Ainda que a prefeita resolvesse distribuir troféus para todo e qualquer participante de um campeonato fictício – inclusive para o público da arquibancada – ainda sobraria troféu!
Agora, cá entre nós: o que será que a prefeita vai fazer com tantos troféus e bolas de basquete? Será que algum dia essas bolas vão quicar em uma quadra? Ou será que elas só vão quicar nos números de alguma nota fiscal? Porque, sejamos honestos, ninguém viu nenhum evento esportivo de grande porte nessa gestão. Se tivesse, seria ótimo, afinal, investir em esporte é sempre bem-vindo. Mas, na prática, o que se vê são entregas pontuais de bolas de futebol (sim, de futebol!) acompanhadas de um espetáculo midiático tão exagerado que dá até vergonha alheia. Parece que estão inaugurando um Maracanã em cada entrega.
E tem mais: essas raras bolas de futebol só chegam às mãos dos times que bajulam a gestão. Se o time não for aliado, nem bola velha aparece. E aí fica a pergunta: o esporte não deveria ser para todos? Não em Presidente Vargas, onde o lema parece ser “ou é do meu lado, ou não é nada”.
Enquanto isso, a prefeita segue investindo pesado… mas só na criação de um mundo perfeito nas redes sociais. Na vida real, o que temos é um município entregue ao descaso, sem esporte de verdade, sem estrutura e com uma gestão que só governa para poucos.
E assim seguimos, caros leitores, assistindo de camarote esse espetáculo de faz de conta. Porque, em Presidente Vargas, a gestão atual é de verdadeiros artistas: criam um circo nas redes e chamam de gestão. Enquanto isso, o povo fica com as migalhas.
Mas, pelo menos, podemos dizer que somos campeões em alguma coisa: na arte de transformar problemas em sarcasmo. Afinal, rir é o que nos resta… e rezar também, porque só Deus por nós.
JORNALISTA JOSINALDO SOARES REGISTRO:0001662/MA
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