Mais um crime de feminicídio registrado no interior do estado do Maranhão e a violência segue assustando a sociedade.
Itapecuru-Mirim amanheceu em luto, coberta pela tragédia de mais um feminicídio cruel e covarde.
Deila de Cássia Souza Freire, estudante de pedagogia, mais uma jovem sonhadora, foi assassinada a sangue e frio amanhã desta sexta-feira, dia 30 de maio, dentro do seu local de trabalho.
Uma loja de roupas na Avenida Brasil, bem no coração, no centro da cidade de Itapecuru-mirim. O assassino? O ex-marido. Um motivo? Não aceitava o fim do relacionamento.
A arma? Esse revólver? Um cenário. Uma loja de roupas onde ela trabalhava. O desfecho? Trágico, violento, revoltante.
Deila foi executada com tiros enquanto lutava pela vida diante dos olhos de colegas de trabalho que, em vez de correrem para socorrê-la, juntavam roupas do chão. Sim, enquanto uma mulher agonizava tombada e ensanguentada, colegas se preocupavam com peças de roupas caídas no chão durante a luta desesperada da vítima por sua vida.
Já Diego, o assassino, após matar Deila, tirou a própria vida covarde até o fim. O casal deixa dois filhos pequenos, agora órfãos, de mãe e de pai também, e de um futuro inseguro.
Até quando vamos normalizar isso? Mesmo quando os gritos de socorro das mulheres vão ecoar em lojas, ruas, casas e cair no vazio da indiferença? Até quando o machismo vai carregar armas e matar sonhos? Que o sangue de Deila não seja apenas mais uma mancha nas estatísticas.
Que seja um grito de urgência por justiça, proteção e respeito à vida das mulheres. É mais um crime terrível que passa a ser investigado pela Polícia Civil do Estado do Maranhão, Delegacia Regional de Itapé-Curu-mirim, delegado doutor Samuel Morita. Um crime que chocou não somente o município, mas toda a sociedade.
Um vídeo que foi amplamente divulgado.
O momento de angústia, de dor, sofrimento, de um corpo caído, jogado ali no chão. Uma mulher que lutou até o fim para sobreviver, sozinha, contra um covarde, contra um selvagem.
Um homem armado e que estava determinado a matar. Determinado a sacrificar, a tirar a vida de uma jovem sonhadora, de uma jovem mãe de família que não teve a mínima chance de se defender. A mulher acabou sendo executada a sangue-frio.
E o que mais chamou a atenção foi a frieza de alguns funcionários que agiram de uma forma como se alguém que estivesse caído ali no chão não importasse absolutamente nada.
É claro que cada pessoa age de um jeito diante de um cenário de terror desse que aconteceu ali na loja de confecções no município de Itapecuru-mirim. Mas a maioria corre, se desespera, sai pedindo socorro. Infelizmente, não foi isso que observamos no vídeo.
O que se viu ali foi algo realmente muito triste. Um cenário de calamidade onde uma mulher tentava se levantar, tentava se mexer, pensando nos seus filhos que agora perderam a mãe.
Triste e terrível. E, lamentavelmente, mais um feminicídio é registrado no interior do estado do Maranhão. Até quando isso vai acontecer?
VT...
JORNALISTA:JOSINALDO SOARES
REGISTRO:0001662/MA
Postar um comentário