Já pensou em ficar sem água para beber, cozinhar, tomar banho, ainda mais durante o verão, em que as temperaturas e a sensação térmica muitas vezes ultrapassam os, 30º? É assim que algumas famílias que vivem no bairro Trizidela, em Itapecuru-mirim, sobrevivem de forma precária com a falta de infraestrutura de água, luz e saneamento básico.
Por se tratar de mais de 100 famílias que convivem com a falta de água aqui no bairro Trizidela, esquecidos pela atual administração.
Na manhã de hoje (20) moradores do bairro Trizidela, cansados de esperar por uma solução, trancaram a via de acesso ao bairro num protesto pacífico buscando chamar a atenção das lideranças e do poder público para a problemática. Existimos há mais de 20 anos nesse bairro que não tem infraestrutura nenhuma nem de água, de luz, de saneamento básico e a água sempre foi um problema nesse bairro.
O grupo explicou que mora no local há anos e até hoje não possui uma ligação formal de água, sendo obrigados a recorrer às ligações irregulares. “De uns cinco meses para cá a situação se agravou, nós não temos água, têm famílias que ficam três dias sem água. Estamos falando de água, independentemente de onde você está é um direito constitucional ter água garantida, queremos que o município nos apresentem uma proposta, nós não estamos pedindo água de graça, queremos pagar, cada um ter o seu registro de água para podermos viver melhor no bairro”, pontuou.
A doméstica, Luana, conta a dificuldade de viver sem água. “Tenho uma filha de 10 anos, moro desde o começo da fundação do bairro, moro aqui. É difícil para cozinhar, tomar banho, para tudo é difícil”, disse.
Outra moradora, Zenilde, também lamenta pela situação. “Chego em casa do trabalho e não tem água para fazer comida, lavar as roupas e olha com esses calorões que está dando e nós sem água. Até então era água fraquinha, agora nem tem vindo. A gente quer pagar água, pedimos que venham ajudar nós”, afirmou.
Outra liderança moradora do bairro, Sandra Hernandes, também destaca as dificuldades enfrentadas pela população. “Sou uma das moradoras mais antigas que tem aqui, vai fazer anos e sempre tivemos problema, mas era algo que a gente se adaptava, mas nos últimos tempos vem diminuindo, diminuindo e de uma semana para cá ela parou. Sem água para banho e para nada.
Ontem o povo vinha lá em casa o dia inteiro, pedindo ajuda, o que nos preocupa é com os acamados, idosos, crianças, tem gente que é doente, faz hemodiálise e não estamos pedindo nada mais que nosso direito, é desumano ficar sem água. A gente fica uma semana sem comer, mas sem água não, a única coisa que a gente está pedindo é água”, disse.
VT;
JORNALISTA JOSINALDO SOARES REGISTRO:0001662/MA
Postar um comentário