Nesta quinta-feira (27/11), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin deu mais cinco dias para que três investigados no processo que apura o cometimento do crime de corrupção por parte de deputados do Partido Liberal (PL) apresentem suas defesas finais.
Zanin também solicitou ao presidente da Primeira Turma do STF, ministro Flávio Dino, que indique datas para o julgamento da ação, que agora entra em sua fase conclusiva.
No processo, foram denunciados os deputados federais Josimar Maranhãozinho (PL-MA), Pastor Gil (PL-MA) e o suplente Bosco Costa (PL-SE).
Os réus que ainda não se manifestaram são Antonio José Silva Rocha, ex-prefeito de Água Doce (MA), Adones Gomes Martins e Abraão Nunes Martins Neto, apontados pela Polícia Federal (PF) como “braços armados” do suposto líder da estrutura, o deputado Josimar Maranhãozinho e de Josival Cavancanti da Silva (Pacovan).
Com a decisão de Zanin, o trio terá agora cinco dias improrrogáveis para enviar a manifestação ao processo.
O ministro do STF destacou que, caso eles não se manifestem, já está autorizado que o processo seja encaminhado para a Defensoria Pública da União ou para um advogado nomeado pela Corte.
Os demais réus do caso já apresentaram suas manifestações finais, assim como a Procuradoria-Geral da República, que conduz a acusação na ação penal.
A investigação
O processo acerca das vendas de emendas parlamentares tem como base uma investigação coordenada pela Polícia Federal (PF).
A apuração identificou que Josimar Maranhãozinho coordenou a formação de uma organização criminosa voltada à indevida comercialização de emendas parlamentares.
Segundo a PF, os parlamentares teriam se juntado a agiotas e “braços armados”.
Pacovan seria o responsável por emprestar dinheiro aos parlamentares, que prometiam devolver o valor a partir de desvio de verbas públicas destinadas a cidades localizadas no interior do Maranhão.
Conforme aponta a denúncia, em 2020, os então parlamentares pediram propina de R$ 1,6 milhão ao então prefeito de São José do Ribamar (MA) para que destinassem R$ 6,6 milhões em emendas à cidade. O chefe do Executivo municipal foi quem informou o caso às autoridades.
Jornalista Jhon Cutrin

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