A eleição da mesa diretora da Câmara Municipal de Vargem Grande para o biênio (2023-2024) foi uma das mais polêmicas dos últimos tempos. A polêmica eleição deu início no dia 20 de agosto, com um pedido de antecipação que foi votado e aprovado em 1° turno por 11 votos favoráveis e 4 contrários.
Passado a eleição em 1° turno, o assunto tomou conta das redes sociais pela forma como estava sendo conduzido o processo, sem o mínimo de transparência e com uma série de irregularidades.
Os vereadores de oposição entraram com um pedido junto ao Ministério Público pedindo a anulação de todo o processo, ontem (09), o Juiz da Comarca de Vargem Grande, Paulo de Assis Ribeiro, deferiu a Ação Civil Pública do MP que pedia anulação das sessões que alteraram os dispositivos da Lei Orgânica do Município permitindo a antecipação e a reeleição da Mesa Diretora. A votação em 2° turno estava marcada para acontecer no dia seguinte a decisão, e até então, inviabilizando que a mesma ocorresse.
O MP classificou como imoral, impessoal e ilegal, contrariando os princípios constitucionais. Veja a decisão na integra aqui:
Na manhã de hoje (10), o desembargador José Luiz de Oliveira de Almeida, do Tribunal de Justiça, acatou monocraticamente o agravo de instrumento com efeito suspensivo da decisão liminar do juiz de 1° grau, Paulo de Assis Ribeiro. Podendo assim, ocorrer normalmente a votação em 2° turno.
A chapa composta por Germano Barros (presidente), Marcelo Freire (vice-presidente), Sâmara Juvenil (1ª secretária) e Eranildes Coelho (2ª secretária), intitulada "O Legislativo mais perto de você", venceu em segundo turno por 11 votos favoráveis e nenhum voto contrário, os vereadores oposicionistas não se fizeram presente na sessão de votação, uma atitude que pode ser interpretada como um ato em resposta a decisão do desembargador.
Em entrevista ao programa Balanço Geral VG, exibido pela TV Nova, o promotor de Vargem Grande, André Charles, reafirmou que a decisão do MP de Vargem Grande permanece e que a Ação Civil Pública seguirá normalmente em tramitação, podendo a eleição ser anulada mesmo com a decisão do desembargador do TJ-MA.
Caso a eleição seja validada, esperamos que o presidente reeleito faça jus ao slogan da chapa, o que chega a ser irônico pela forma como vinha sendo conduzido os trabalhos da casa, vale lembrar que as sessões eram realizadas nas surdinas, sem nenhum conhecimento da população sobre o que ocorria na casa do povo, portanto, bem longe de você. Aguardemos agora quais serão os próximos capítulos dessa novela.
Encerro aqui deixando no ar algumas perguntas que a população se faz e até o momento não tem uma resposta plausível. Por que foi realizada nova eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Vargem Grande com 01 ano e 05 meses de antecedência? Quais benefícios essa manobra traz a população de Vargem Grande? Quais benefícios receberam os 11 vereadores apoiadores da recondução do Presidente Germano Barros para o biênio 2023-2024? e sem falar que deixa um aderente pra as demais cameras municipais em todo o estado com essa decisão do tribunal de justiça.....
JORNALISTA:josinaldo soares REGISTRO:0001662/MA
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